A cruz de ferro foi inicialmente concedida em 10 de março de 1813, em Breslau, na Polônia, durante as guerras de libertação contra Napoleão. A sua inspiração foi a cruz dos Cavaleiros Teutônicos, que moveram cruzadas contra os pagãos do Mar Báltico. Em julho de 1870, o Rei Guilherme I autorizou novas concessões durante a guerra franco-prussiana, mas esta honraria começou a ficar popular, de fato, quando foi restituída em agosto de 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, pelo Imperador Guilherme II. Durante a Primeira Guerra Mundial, estima-se que foram distribuídas, aproximadamente, quatro milhões dessas medalhas. Adolf Hitler é um dos mais conhecidos receptores da cruz de ferro, talvez por isso, em setembro de 1939, Hitler restituiu por decreto a Ordem da Cruz de Ferro.  Estima-se que durante a Segunda Guerra tenham sido distribuídas outras cinco milhões de medalhas, entretanto, ao final do conflito, o uso de símbolos nazistas foi proibido por lei, incluindo, portanto, a cruz ...

     A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, a mais antiga instituição do gênero no Brasil, juntamente com a Faculdade de Direito do Recife, deve a sua origem a um decreto imperial assinado em 1827.     O  edifício, hoje tombado como patrimônio histórico do Estado de São Paulo, abriga importante acervo cultural: os vitrais da escadaria, produzidos pela Casa Conrado Sorgenicht, e o mobiliário do Salão Nobre, o mais elegante da região Central, e da Sala da Congregação, confeccionado no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Pinturas e esculturas de artistas renomados distribuem-se pela Faculdade homenageando velhos e inspiradores mestres, além da Biblioteca, que, em 1825, já contava com acervo reunido de longa data pelos frades franciscanos e, que, tornou-se a primeira biblioteca pública de São Paulo, antes mesmo da inauguração da Faculdade.     A Faculdade de Direito do Largo São Francisco é um dos cenários presentes no meu novo li...

     O Templo Beth-El foi construído por iniciativa da Comunidade Israelita Ashkenazim que representava a elite da comunidade judaica paulistana na década de 1920. A edificação trata-se de uma construção heptagonal, sua fachada é emoldurada por duas torres laterais e o domo bizantino com uma suave curvatura. Seu interior é estruturado com pilares e arcos formando um polígono que sustenta as galerias.     Em 2004, o Beth-El passou, em comodato, suas instalações para o Museu Judaico de São Paulo. São mais de dois mil itens catalogados no museu, trazidos nas malas dos imigrantes: são talheres vindos de um campo de concentração, objetos de culto religioso e uso cotidiano, mais de 20 mil livros, 100 mil fotos, 400 depoimentos de História Oral, um milhão de documentos, periódicos e diversos outros registros que falam sobre os imigrantes, as instituições, a cultura e a contribuição judaica à sociedade brasileira.    O Museu Judaico de São Paulo é um dos ...

     Em tupi-guarani “lugar de onde se avista o mar”, Paranapiacaba pertence ao município de Santo André, no ABC Paulista, e é cercada pela Mata Atlântica, onde é possível, de fato, ver o mar da baixada santista — desde que a característica neblina da Serra do Mar não baixe e encubra sua bela vista. A história da vila está intimamente ligada à construção da linha e da estação ferroviária.     A primeira estação de Paranapiacaba, chamada de estação do Alto da Serra, foi inaugurada pela São Paulo Railway em 1867. No ano de 1898, foi erguida uma nova estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o grande relógio (réplica do Big Ben) fabricado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se destacava no meio da neblina, tão comum nessa região serrana. Em Paranapiacaba também ficaram trabalhadores que atuavam na construção civil, quando a vila foi formada. Mais tarde, muitos deles se tornaram...

      A história da Igreja de São Francisco de Assis remonta ao ano de 1640, quando chegou a São Paulo uma caravana de sete religiosos franciscanos. Dois anos depois, em 1642, os frades ganharam um terreno — doado pela Câmara — e deram início à construção do convento.     A igreja foi reformada em 1744, ano em que as características externas atuais, que fazem parte do estilo barroco, tomaram forma. Em 1884 — por conta de um incêndio ocorrido em 1880 —  a fachada da Igreja foi modificada, sendo aberta a entrada central como hoje é utilizada. No seu interior, as pinturas na nave e azulejos no altar — que representam passagens da vida de São Francisco — foram feitos na década de 1950. Em sua torre encontra-se um sino, ainda, do século XVIII. A Igreja São Francisco é um dos cenários presentes no meu novo livro "Cruz de Ferro", que será publicado em breve pela Editora @m.inimalismos. #livrocruzdeferro